3.19.2008

"O amor perdeu a gratuidade, as pessoas "amam" por desejo de ter um amor que não sente mais. O amor não tem mais porto, não tem onde ancorar, não tem mais a família nuclear para se abrigar, não tem mais a utilidade do sacrifício pelo "outro". O amor ficou pelas ruas, em busca de objeto, esfarrapado, sem rumo. Não temos mais músicas românticas, nem o lento perde-se dentro de "olhos de ressaca", nem nas "pernas de fulana", nem o formicida com guaraná. Não se diz mais: "Deus sabe quanto amei!...", mas "Deus nem sabe quantos (as) amei...".

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